30 de agosto de 2024
Alunos do 6º ano conhecem autora...
Jéssica
Antunes Dias
Coordenadora da Educação Infantil
Quando
pensamos na temática avaliação, geralmente, nossa memória educativa nos remete às
provas, às notas e aos boletins. A forma como vivenciamos esse processo, muitas
vezes doloroso, esculpe o que pensamos a respeito da avaliação. Felizmente, hoje,
nossas crianças vivenciam uma proposta diferente da nossa experiência.
Por
muito tempo, a avaliação na Educação Infantil foi baseada em uma adaptação de
testes utilizadas no Ensino Fundamental. Era uma avaliação classificatória, que
servia para identificar quem sabia e quem não sabia, não considerava e nem tornava visível o percurso
de cada criança a partir de um olhar reflexivo sobre
seu desenvolvimento e suas aprendizagens.
Princípios
A
forma como a escola avalia seus alunos reflete claramente seus princípios. Sabemos
que as crianças aprendem de formas diferentes, possuem suas particularidades e
tem “tempos” de maturação biológica também diferentes. É justo, portanto, todos
serem avaliados da mesma forma? Acreditamos que não.
A
avaliação na Educação Infantil do Curso G9 busca valorizar o percurso de cada
criança e é realizada por meio da observação, documentação e reflexão das
vivências do aluno, utilizando procedimentos descritivos e narrativos centrados
em como a criança aprende, processa informação, como constrói conhecimento e
como resolve problemas.
A criança aprende brincando. Durante as
atividades lúdicas ela interage com o grupo, com o meio físico e com seus
próprios pensamentos, com a sua imaginação e suas representações do mundo real.
Ao
longo desse processo, o professor realiza intervenções para estimular que ela
reestruture o seu conhecimento. Ao documentar esse processo com fotos, vídeos, transcrição
de relatos e produções diversas dois
aspectos importantes são favorecidos.
O
primeiro é a análise do desenvolvimento dos alunos para que outras intervenções
possam ser rapidamente realizadas pelo professor, a fim de mediar situações em
que o aluno encontre alguma dificuldade, por exemplo. Consideramos o erro como
uma importante etapa do processo de aprendizagem; na nossa escola, esse “bicho-papão”
é visto de forma natural, sendo uma etapa que a criança perpassa no processo
formativo. Ele fornece ao
professor um importante sinal de que outras intervenções pedagógicas precisam
ser realizadas. Nesse sentido, a avaliação não é pensada para classificar o
aluno ou para medir o que se conseguiu aprender e sim para oferecer ao
professor subsídios para a seleção de intervenções adequadas que contribuam
para avanço de cada um.
O segundo aspecto favorecido pelo registro
das vivências e das produções infantis é a autoavaliação. A partir da
turma do Maternal II são propostas situações em que o aluno é levado a pensar
sobre suas conquistas e sobre seus desafios. O momento de olhar para suas
próprias produções, suas fotos e seus vídeos possibilita à criança identificar
como desenhava, pintava, falava, corria, dançava e o leva a perceber se houve
mudanças, como e porque elas aconteceram. Além disso, há momentos em que o aluno avalia o grupo e as atividades sugeridas.
Prática Constante
A
lógica das crianças é divergente da lógica adulta, e é importante interpretar o
que as crianças fazem e falam para compreendermos suas motivações. As falas das
crianças fornecem preciosas pistas sobre suas ideias. Partindo do que elas
pensam, dos seus interesses, curiosidades, dúvidas e dificuldades podemos
desafiar o avanço dos seus conhecimentos com atividades interessantes e
instigantes.
A
avaliação é uma prática constante e permeia todo o processo de aprendizagem. A
criança também deve participar desse processo, observando e escolhendo suas
produções, relatando avanços e dificuldades.
Estimular a criança para que seja ativa no processo de avaliação a fará construir uma memória educativa, com certeza, diferente da nossa. Avaliação não é um ranking e nem um ato de punição, mas uma prática de reflexão individual, coletiva e permanente sobre a aprendizagem.
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