24 de setembro de 2024
Curso G9 conquista 5º lugar...
A
preocupação com o figurino foi apenas um detalhe na apresentação dos trabalhos
dos alunos da 1ª série do Ensino Médio do Curso G9, que simularam uma reunião da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e
Agricultura). O tema, desenvolvido desde o início do ano letivo, foi “Estratégias
de Combate à Fome no Mundo”.
“O
resultado foi incrível, com propostas que poderiam ser programas de governos em
qualquer parte do mundo”, disse professora de Geografia e Geopolítica do Curso
G9, Marília Gil de Souza, organizadora do tradicional trabalho na área de
Humanas. “Os alunos se envolvem, participam e se preocupam em se apresentar
adequadamente nesse fórum de discussão”, completou.
Para
ela, o mais importante do processo “é perceber, nos alunos, transformações
pessoais que influenciam, muitas vezes, na postura e visão de mundo, além da
consciência da responsabilidade de cada um no meio em que vive, desenvolvendo
seu senso crítico e vivenciando os mesmos desafios enfrentados pelas delegações
nas reuniões ministeriais da FAO”, explicou.
Neste
ano, o Prêmio Nobel da Paz foi concedido justamente ao Programa Mundial de
Alimentos (PMA) da FAO/ONU, que tem sede em Roma. Para o comitê organizador, a
pandemia da Covid-19 contribuiu para o “drástico recrudescimento” no número de
vítimas da fome, que reconheceu a “impressionante capacidade” do programa em
manter sua atividade também durante a emergência sanitária.
DINÂMICA
Marília
Gil disse que trabalha, todos os anos com as turmas da 1ª série, um tema em que
há a simulação de uma reunião de um órgão ou agência da ONU. No planejamento
feito para o ano letivo 2020, a escolha foi para a FAO devido à importância
desse órgão em liderar os esforços internacionais de erradicação da fome e da
insegurança alimentar, sempre visando projetos sustentáveis.
O
objetivo da simulação é instigar os alunos a debaterem, argumentarem sobre o
tema proposto, uma vez que representam países, incorporam papéis de chefes de Estado,
desde vestimentas, argumentos até posições de defesa nas negociações. Antes, passam por uma apresentação prévia para ajustes
finais nos trabalhos, feitos em duplas de alunos.
Este
ano, as turmas enfrentaram um desafio a mais: a simulação foi virtual, o que
exigiu um pouco mais para a montagem da mesa de cada delegado, as conversas e
busca de acordos e consensos, próprios de uma reunião real da FAO. Uma
ferramenta disponibilizada dentro do Google Meet, ferramenta do Google for Education, permitiu a criação de subsalas para que os delegados pudessem
negociar, fazer alianças e defender o projeto de seu país.
“É
um excelente recurso, pois permitiu que os acompanhamentos fossem feitos
navegando nas diferentes subsalas de negociações. E valeu a pena, pois as
negociações, as discussões, a defesa dos projetos, foi de alta qualidade e de
muita competência”, disse a professora.
Para
a aluna Anna Luiza Abelha, da Turma M12, participar da simulação da FAO “foi
muito divertido e desbravador”. “Por meio do trabalho aprendemos a ter
compreensão sobre a opinião de outros países e a buscar uma proposta favorável
a todos, evitando oposição entre as delegações”, disse.
“Além disso, aprofundamos em tópicos atuais e importantes para a população mundial, como a saúde das plantas e a segurança alimentar. Aprendemos muito sobre os impactos humanos no planeta e, principalmente, a trabalhar em equipe e achar uma solução juntos”, completou a aluna. O projeto interdisciplinar complementa o tema geral da Feira do Conhecimento, “Saúde Vegetal no Mar e na Terra”, em consonância com a resolução da ONU, que escolheu 2020 como o Ano Internacional da Fitossanidade.
“Gostei muito do tema escolhido e achei muito interessante a decisão dos professores responsáveis de nos incentivar a criar estratégias de combate à fome tanto para os anos que virão quanto para o contexto em que vivemos atualmente, a pandemia de Covid-19. A insegurança alimentar aumentou muito com a pandemia e foi muito bom discutir os acontecimentos nos quais estamos vivendo em uma atividade escolar”, disse a aluna Gabriela de Almeida Ribeiro (Turma M11).
Ela disse que, como representante da Inglaterra na FAO/ONU, “essa experiência abriu novos horizontes para mim. O fato de a simulação ter sido feita online, me fez achar que não haveria o espírito de discussão que tivemos em simulações passadas, já que estávamos, de certa forma, desconectados uns dos outros. Porém, fiquei surpresa ao ver como a dinâmica de debates entre as delegações se encaixou bem a esse novo contexto”, disse.
AULAS REMOTAS
O Curso G9 mantém as atividades pedagógicas,
por plataformas digitais, desde o início da quarentena. Confira o que está
sendo feito na Educação Infantil, no Ensino Fundamental I, no Ensino Fundamental II e no Ensino Médio e Pré-vestibular.
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